Era uma vez um EU
Uma pequena coisa perdida
Andava sempre à procura bem longe
E encontrava o vazio no lugar da plenitude
Sentia a saudade
Mas nunca sentia o momento…
O pequeno EU estava sempre
a bater na parede sem querer
Tropeçava nas pedras e sentia-se sozinho
Cansado, estava
exausto de correr de um lado para o outro
Queria desistir
Não sabia mais nada
E, de repente, havia outro EU
Era muito mais alto
Balançava um pouco
mas tinha consciência de si mesmo
O grande EU
viu a pequena coisa
deitada no chão
e sentou-se com ele
Olhou profundamente nos olhos do pequenito
E então disse-lhe muito sinceramente:
“Sei que estás cansado. Sentes-te exausto.
Tens medo de coisas novas
e achas que estás sempre errado
E não faz mal. Às vezes, sentires-te assim.
Mas eu sei exatamente que por detrás
de todos os teus tropeções e confusões
há muita coragem e força!
Deixa de lado as tuas preocupações por um momento.
Tenta sentir-te como tu mesmo. Acredita.
E quando o grande EU abraçou o pequeno EU, ele disse:
Oh, estou a ver! Tens um brilho,
tu próprio o sabes disso, não é?”
E o grande EU saltou e começou a cantar:
“OOOOOOH E COMO EU VEJO ISSO!!!
LÁ ESTÁ O BRILHO!
TU MESMO O SABES DISSO, NÃO É?”
O pequeno EU riu-se
Sim, havia de facto algo
O pequeno EU sentiu dentro dele
Lá estava o brilho!
Era uma vez um EU
Uma pequena coisa perdida
Que procurou e encontrou…
-se.